"Esses dois caras são meus heróis e eles conquistaram o direito de se expressar"
Jon Favreau, conhecido por ter dirigido O Rei Leão (2019), Homem de Ferro, Mogli – O Menino Lobo e, agora, ser produtor da série The Mandalorian, também entrou na polêmica sobre os filmes da Marvel serem ou não cinema.
Depois de Martin Scorsese iniciar um debate sobre os filmes de super-herói, o premiado diretor Francis Ford Coppola – mundialmente conhecido pela trilogia Poderoso Chefão –, reforçou o argumento do colega e ainda chamou os longas da Marvel de “desprezíveis”.
Em entrevista ao Yahoo!, Coppola chegou a dizer que Scorsese foi sutil ao dizer que os filmes não são cinema. “Ele não disse que são desprezíveis, mas eu acabei de falar.”
Favreau, que se torno uma Lenda da Disney este ano, pareceu tentar apaziguar a situação. Durante entrevista à CNBC, falou sobre os dois cineastas e a importância que ambos têm em sua carreira.
"Esses dois caras são meus heróis e eles conquistaram o direito de expressar as suas opiniões […] Eu não faria o que eu faço hoje se eles não tivessem aberto o caminho. Eles serviram como fonte de inspiração para mim. É possível ver isso em Swingers – Curtindo a Noite [filme que Favreau é roteirista], quando eu faço uma referência a Martin [Scorsese]. […] Para mim, eles podem expressar a opinião que eles quiserem e nós teremos que aprender a lidar com isso."
O diretor e produtor escolheu tomar um rumo bem diferente do tomado por outras pessoas do ramo sobre a polêmica.
Damon Lindelof, criador da série de Watchmen, não achou justa a colocação de Scorsese. Robert Downey Jr., James Gunn e Karen Gillan, também saíram em defesa da Marvel.
Samuel L. Jackson foi um pouco mais incisivo em sua colocação e disse que “nem todo mundo gosta dos filmes” de Martin Scorsese.
Martin Scorsese está promovendo seu mais novo filme, O Irlandês, com estreia marcada para o próximo dia 27 de novembro na Netflix.
FONTE: Jovem Nerd
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NOSSA OPINIÃO
(por: Barbara Bertolini)
Que Scorsese e Coppola são gênios do cinema, isso é inegável! Mas me decepciona ver que tão grandes cineastas não compreendem o básico do público: ás vezes nós só queremos algo bem produzido e de "fácil digestão".
Eu gosto de filmes elaborados, que comunicam através de cada pequeno detalhe como as cores, o ângulo da câmera, as sutilezas do roteiro, mas eu também gosto de filmes menos complicados que cumpram a sua função.
As vezes só queremos ver nosso herói superar suas dificuldades com um roteiro bem feito, sem pontas soltas, com boas cenas de luta e gráficos bem acabados. As vezes estamos cançados, precisando de umas risada e só queremos ver uma história boba sobre dois policiais negros que se fantasiam de garotas brancas para acabar com o crime. As vezes queremos algo mais elaborado, com uma história que nos comunique algo a mais, talvez um filme para compreender a mente de um vilão e como a sociedade o leva a cometer tantas atrocidades. O que importa em todos esses casos é cumprir a proposta! Até mesmo uma filme sobre um tornado com tubarões cumpre a promessa de ser galhofas e não se levar a sério.
Scorcese e Copola nunca serão apagados, mas esperamos por uma geração de cineastas que compreendam que o público é um misto de emoções e vontades diversas, e que saibam abraçar o trabalho de outros profissionais que façam algo diferente do que fazem.
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